Historia de Mocambique
Os Primeiros Estados de Moçambique, o comércio com os estrangeiros: árabes e portugueses
I.INTRODÇÃO
Moçambique é um país da África
Austral, situado na costa do Oceano Índico, com cerca de 20 milhões de
habitantes (2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tornou independente em 25
de Junho de 1975. A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a
partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Almaçudi descreveu uma
importante actividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os
“Zanjes” (os negros) da “Bilade as Sofala”, que incluía grande parte da costa
norte e centro do actual Moçambique.
No entanto, vários achados
arqueológicos permitem caracterizar a “pré-história” de Moçambique (antes da
escrita) por muitos séculos antes. Provavelmente o evento mais importante dessa
pré-história terá sido a fixação nesta região dos povos bantu que, não só eram
agricultores, mas introduziram aqui a metalurgia do ferro, entre os séculos I a
IV.
A penetração portuguesa em
Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 - com a partilha de
África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim - se
transformou numa ocupação militar, ou seja, na submissão total dos estados ali
existentes, que levou, nos inícios do século XX a uma verdadeira administração
colonial.
Este trabalho está estruturado
em três capítulos, no primeiro capítulo é apresentada a caracterização da
justificativa, objectivos e a metodologia, no segundo capitulo esta abordada os
principais conceitos referentes ao tema, e no terceiro e ultimo à conclusão.
2.1.Os Primeiros Estados de Moçambique, o comércio com os
estrangeiros: árabes e portugueses
Vários achados arqueológicos
permitem caracterizar a "pré-história" de Moçambique (antes da
escrita) por muitos séculos antes. Provavelmente o evento mais importante dessa
pré-história terá sido a fixação nesta região dos povos bantu que, não só eram
agricultores, mas introduziram aqui a metalurgia do ferro, entre os séculos I a
IV.
A penetração portuguesa em
Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 - com a partilha de
África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim - se transformou
numa ocupação militar, ou seja, na submissão total dos estados ali existentes,
que levou, nos inícios do século XX a uma verdadeira administração colonial.
Depois de uma guerra de
libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25
de Junho de 1975.
2.1.1. Primeiros habitantes de Moçambique
Os primeiros habitantes de
Moçambique foram provavelmente os Khoisan, que eram caçadores-recolectores. Há
cerca de 10.000 anos a costa de Moçambique já tinha o perfil aproximado do que
apresenta hoje em dia: uma costa baixa, cortada por planícies de aluvião e
parcialmente separada do Oceano Índico por um cordão de dunas. Esta
configuração confere à região uma grande fertilidade, ostentando ainda hoje
grandes extensões de savana onde pululam muitos animais indígenas. Havia
portanto condições para a fixação de povos caçadores-recolectores e até de
agricultores.
Nos séculos I a IV, a região
começou a ser invadida pelos Bantu, que eram agricultores e já conheciam a
metalurgia do ferro. A base da economia dos Bantu era a agricultura,
principalmente de cereais locais, como a mapira (sorgo) e a mexoeira; a olaria,
tecelagem e metalurgia encontravam-se também desenvolvidas, mas naquela época a
manufactura destinava-se a suprir as necessidades familiares e o comércio era
efectuado por troca directa. Por essa razão, a estrutura social era bastante
simples - baseada na "família alargada" (ou linhagem) à qual era
reconhecido um chefe. Os nomes destas linhagens nas línguas locais são, entre
outros: em eMakua, o Nlocko, em ciYao, Liwele, em ciChewa, Pfuko e em
chiTsonga, Ndangu.
Apesar da sociedade
moçambicana se ter tornado muito mais complexa, muitas das regras tradicionais
de organização ainda se encontram baseadas na "linhagem".
Entre os séculos IX e XIII
começaram a fixar-se na costa oriental de África populações oriundas da região
do Golfo Pérsico, que era naquele tempo um importante centro comercial. Estes
povos fundaram entrepostos na costa africana e muitos geógrafos daquela época
referiram-se a um activo comércio com as "terras de Sofala",
incluindo a troca de tecidos da Índia por ferro, ouro e outros metais.
De facto, o ferro era tão
importante que se pensa que as "aspas" de ferro - em forma de X, com
cerca de 30 cm de comprimento, que formam abundantes achados arqueológicos
nesta região - eram utilizadas como moeda. Mais tarde, aparentemente esta
"moeda" foi substituída por outra: tubos de penas de aves cheias de
ouro em pó - os meticais cujo nome deu origem à actual moeda de Moçambique.
2.2.Estado Marave
Os Estados Marave formaram-se
com a chegada a sul do Malawi, a partir de camadas sucessivas de emigrantes
oriundos da região de Luba do Congo, liderados pelo clã Caronga-Phiri, entre
1200 à 1400, situados entre-os-rios Chire e Luangua, a norte do rio Zambeze.
Conflitos dinásticos levaram a segmentação do clã original, dando origem a
novas linhagens que posteriormente se estabeleceram a oeste, sul e sudeste do
território ocupado pelos Caronga.
Eram estados satélites do
Marave os seguintes: Undi, Lundu, Kaphwiti e Biwi. Todos estes
Estados, eram governados por
membros oriundos do clã original Phiri.
2.2.1.A organização económica do Estado Marave
A base da economia nos estados
Marave, era a agricultura onde a mapira era um dos mais cultivados produtos da
região, o milho cultivado nas terras altas, mexoeira, feijão e jugo; era comum
o uso da técnica de queimada. Para além da agricultura que era actividade
primordial desses estados, também praticava se a pastorícia que consistia na criação
de gado bovino, caprino e ovino.
2.2.2.Organização social do Estado Marave
Existia nos estados Maraves
duas classes sociais que são: Classe dominante que era a mais privilegiada,
controlava todo o estado, pois para garantir a sua sobrevivência dependia da
recolha de tributos diversos impostos as populações e também a classe dominada
ou seja, a menos privilegiada, essa camada é que garantia a sobrevivência da
classe dominante, pois essa camada era composta por camponeses; caçadores,
pescadores, artesãos, ferreiros até escravo que na época verificava se em menor
escala com a designação de escravo doméstico.
2.2.3.Organização político-administrativa do Estado
Marave
Os estados Maraves
apresentavam uma estrutura política composta por chefe superior e os seus
subordinados, onde a estrutura estava ligada por força de laços de parentesco
de linhagem matrilinear. Existia o chefe máximo que comanda todos estados e o
mesmo trabalhava com seu elenco directivo, que se encontra nas províncias,
distritos e comunidades e o chefe das comunidades também tinha seu elenco que
lhes permitia ajudar na governação. Portanto, percebe-se que, todos os estados
Marave onde o aparelho de Estado eram governados por membros oriundos do Clã
original Phiri.
2.2.4.Ideologias do estado Marave
Antes dos fundadores dos
estados Maraves na região, as populações locais praticavam certos cultos ligado
a fertilidade das terras, a invocação das chuvas e ao controlo das cheias,
dedicados ora a entidade suprema (culto de Muari), ora a veneração de espíritos
naturais (Chissumpi). Com a chegada dos phiri karonga, o clã local banda
manteve e, o phiri Karonga foi obrigado a casar com a filha do clã local. Com a
presença dos phiri Karonga, os cultos locais foram mantidos, mas, acrescentou
se nova categorias de espíritos dos antepassados da dinastia phiri, quer dizer
os phiri passaram a ser venerados como espíritos, mas sobretudo como espírito
do território.
As filhas dos chefes locais,
deviam casar com os chefe dos phiri e vice-versa, garantindo aos phiri que se
apoderassem das terras férteis que era uma riqueza para a prática de
agricultura e também através dessa maneira foi possível controlar todos estados
pela dinastia phiri.
2.2.5.Decadência do Estado Marave
Tem se dito por muitas vezes
que, o que tem inicio tem fim, o mesmo aconteceu com os estados Marave. As
causas de decadência desses estados são escassos, mas, avança-se que, a
decadência dos estados ocorreu nos meados do século XVII, intensificadas pela
uma nova geração de mercadores no fim do século XVIII, onde esta geração era
composta por Gonçalo Caetano Pereira, responsável pela fundação dos Prazos do
Vale de Zambeze e de estado Macanga, para melhorar fragilizar os estados Marave
casou com uma filha do Undi que na época era chefe, sendo assim, começou a
expropriar se de ouro na mina de Java, utilizando a mão-de-obra local e, a
outra causa foi a invasão Nguni, oriundos dos Mfecane.
2.3.Os Prazos
Em fins do século XVI (16), os
portugueses pretenderam controlar e colonizar as terras situadas ao longo do
rio Zambeze. Introduziram para isso na região o chamado sistema dos prazos.
Prazos eram grandes extensões
de terreno que o governo português dava aos colonos vindos de Portugal ou de
Goa, na índia.
Estas terras passavam depois
para as filhas desses colonos até à terceira geração. Depois disso, deviam ser
devolvidas ao governo português. Os prazeiros, isto é, os beneficiados com este
sistema, deviam casar-se com pessoas vindas de Portugal. Pretendia-se assim
instalar em Moçambique famílias de colonos que prolongassem a ocupação do
território.
Podemos dizer que a introdução
deste sistema foi a primeira tentativa de colonização organizada feita pelos portugueses.
As terras distribuídas aos
«prazeiros» eram conquistadas pelas armas ou obtidas por consentimento das
autoridades locais.
Caracterizando este sistema,
Eduardo Mondlane, disse:
“Os prazeiros controlavam
muitas vezes distritos inteiros como sua propriedade pessoal, promulgavam leis
e só ocasionalmente pagavam vassalagem ao rei de Portugal. Os missionários
jesuítas e dominicanos do tempo, também possuíam vastas terras.
Administravam-nas tal como faziam os prazeiros, colectando impostos por cabeça
e, quando a escravatura se tornou mais rentável, transformaram os naturais em
escravos”.
A razão que levou Portugal a
criar os prazos foi o facto de aqueles que eram exilados para Moçambique, tal
como as autoridades administrativas e os soldados enviados para lutar contra o
Monomotapa, se apoderarem de grandes terras onde exerciam o seu poder absoluto
sem darem contas a ninguém. Desta situação, que não convinha ao rei de Portugal
pois perdia benefícios económicos e políticos, nasceu a ideia de mandar
contingentes de pessoas para Moçambique, a quem concediam uma parcela de
terreno, assegurando assim política e administrativamente a dominação colonial.
Sobre a forma como estavam
organizados os prazos, estudos recentes dizem que, em muitos deles, os prazeiros
passaram, com o correr dos anos, a utilizar os mesmos métodos de domínio de
algumas sociedades tradicionais existentes na época, na zona do Zambeze. Esta
organização caracterizava-se pela existência de grandes extensões governadas
por um Mambo, ajudado pelos chefes do clã, os Mpfmu, pelos chefes dos povoados.
Estes cobravam o imposto que passavam a entregar ao prazeiro. Este imposto, que
era obrigatório para todos, chamava-se Mutsouko (na Zambézia, até ao fim da era
colonial, mussoco era o “imposto de palhota”).
Quando o “Mambo” concordava em
integrar-se no prazo, os prazeiros davam-lhe uma pequena parte da quantia
recolhida no imposto.
2.4.1.O fracasso do Sistema dos Prazos em Moçmbique
O sistema de prazos foi um
fracasso em Moçambique, devido a duas
razões fundamentais:
• Os portugueses agiram mais pela necessidade de controlar
uma situação do que dentro de um plano de colonização bem elaborado;
• A resistência a este sistema foi sempre muito grande.
Assim, por exemplo, em 1675 existiam apenas 50 prazeiros, e grande parte dos
prazos tinham sido reconquistados pelos Mambo que originariamente os ocupavam.
O sistema de prazos existiu
apenas na região do Zambeze, entre Tete e Sofala.
2.4.2.Penetração Mercantil Estrangeira
Penetração Mercantil
estrangeira é o período em que as relações entre as comunidades Moçambicanas e
outros povos se traduziram a trocas comerciais a partir das quais se verificou
uma penetração estrangeira gradual em todas as esferas da vida daquelas, no
período que se estendeu desde os anos 800 até 1886 ou seja, entre os séculos IX
à XIX. Relações deste tipo em Moçambique conheceram duas etapas fundamentais:
•
Penetração
mercantil Afro-asiática e
•
Penetração
mercantil Europeia ou indiana.
Se tivermos em conta aos produtos
maioritariamente traficados nestas trocas é possível destacar três ciclos ou
fases de penetração sendo os seguintes:
•
Ciclo
de Ouro (1505-1693);
•
Ciclo
de Marfim (1693-1762);
•
Ciclo
de Escravos (1762-1836), em termos do tráfico legal.
É importante salientar aqui
que estas fases se sucederam, sem no entanto significar que o começo duma etapa
fosse a extinção completa da fase subsequente ou anterior.
Fora destes três ciclos de
penetração (Ouro, Marfim e Escravos), também foram comercializados os seguintes
produtos: peles de animais, carapaças de tartaruga, cerra de abelha, etc.
Estas três fases ou ciclos de
penetração, são historicamente determinados pelo forte impacto que a procura de
cada uma destas mercadorias teve sobre as comunidades locais.
É também importante referir
que a penetração mercantil estrangeira corresponde a primeira grande etapa da
integração da costa oriental africana no comércio internacional.
Foi no contexto da penetração
mercantil estrangeira que se fortificaram e desapareceram os grandes estados e
impérios, formaram-se grandes e pequenos estados militares do vale do Zambeze,
reinos Afro-Islâmicos da costa (Sultanatos e Xeicados), os prazos de coroa e
que algumas estruturas de parentesco foram abaladas.
2.4.3.Penetração mercantil afro-asiática
A necessidade de expandir a
religião Islâmica, a desertificação da parte da Arábia, a procura de mercados
seguros, dadas suas tradições comerciais, foi entre outras razões que levaram a
que grupo Árabes, deixassem a sua terra natal – região do Golfo Pérsico e se
fixassem na costa oriental africana a partir do século VII, tendo se sustentado
que a primeira fixação em Moçambique tenha ocorrido nos anos 800 (século IX). A
partir do século VII, verifica-se a fixação na costa oriental africana do povo
proveniente do Golfo Pérsico, da península arábica, da pérsia, da índia e da
china. Esta penetração fez-se sentir quase em toda costa oriental africana,
desde Mogadíscio na Somália até Sofala em Moçambique.
Foram estes povos que entraram
em contacto comercial com os povos africanos, formando-se intermediários no
comércio entre África oriental e Ásia. Esta actividade levou a criação de
entrepostos comerciais ao longo da costa oriental, dando origem a grandes
cidades como Mogadíscio, Melinde, Mombaça, Kílwa, zanzibar e mais tarde a sul
da costa de Moçambique em Angoche e Sofala. Entre os séculos IX e VIII
encontramos evidências de uma progressiva e lenta fixação de povos provenientes
principalmente do Golfo Pérsico, com objectivos meramente comerciais.
Os mercadores asiáticos
traziam consigo missangas, porcelanas, tecidos, vidros, banana, câmaras,
perfumes e em troa recebiam ouro, marfim e escravos e em menor escala Âmbar,
Cerra, etc.
2.4.4.Impacto da Penetração Mercantil Árabe-Persa
A nível sociopolítico:
• Aprofundamento das desigualdades sociais;
• Surgimento em Moçambique de novas unidades políticas
denominadas Reinos Afro-Islâmicos da Costa (Sultanatos e Xeicados);
• Os casamentos.
2.4.4.1.A nível Cultural:
Em Moçambique a influência
árabe é visível pelo surgimento de uma nova língua o Swahili, que surgiu do
contacto entre os moçambicanos e os árabes e os Koti em Angoche. É também
assistida uma forte influência da religião islâmica. O uso dos Cofiós e o
Mwalide são reflexos da cultura árabe. Outra influência foi a formação ou
delimitação dos grupos etnolinguísticos em Moçambique.
2.4.4.2.A nível económico:
Acumulação por parte dos
aristocratas de bens de prestígio. Acumulação primitiva do capital por parte
dos comerciantes. Introdução de algumas culturas como banana, Coco, Laranja,
Limão, Cana-de-açúcar e arroz.
2.5.Os Estados Ajauas
O nome ‟Ajaua” provem de uma
montanha atapetada com capim mas desprovida de arborização, que se situa
algures entre Muembe e Lucheringo. Daí teriam partido segmentos matrilineares
para ocupar outras montanhas, dando origem a subgrupos que passaram a ser
conhecidos pelo respectivo nome geográfico. Os Ajauas viviam entre o Lago
Niassa e o rio Rovuma. Partiam em grupos das suas terras, atravessavam o rio
Lúrio, passavam por Itoculo e vinham comercializar com os portugueses no
Mossuril, mesmo em frente da Ilha de Moçambique.
À semelhança do que os Ronga
faziam no Sul, também no Norte os Ajauas se dedicaram e especializaram no
comércio a longa distância.
Os Ajauas dedicavam-se ao
fabrico de instrumentos de ferro. Estes, juntamente com o tabaco e peles de
animais, eram os principais produtos comerciados. Com o tempo, o marfim passou
a ser o principal produto, assim como os
escravos. Os europeus e os árabes compravam marfim e escravos, dando em troca
panos, missangas, armas de fogo e pólvora.
Durante cerca de cinquenta
anos, este comércio no norte do País esteve nas mãos dos Ajauas. Por volta de
1755, os portugueses iniciaram uma guerra sangrenta contra os povos das regiões
ao norte de Moçambique, por onde os mercadores Ajauas tinham que passar para
virem comerciar ao Mossuril. Como não havia segurança, os Ajauas decidiram
desviar o seu comércio em direcção ao Norte, para Kilwa, na costa do
Tanganyika.
Também a norte do Rovuma, os
comerciantes estrangeiros lutaram entre si para dominar o comércio que se fazia
com os povos africanos. É deste modo que os árabes de Oman expulsam os
portugueses de toda a costa do actual Kenya e da Tanzânia. A região de Cabo
Delgado, passou a ser cobiçada por franceses e ingleses.
Como resposta, Portugal tenta
também intensificar a sua política colonial e, em 1752, cria um Governo-Geral
em Moçambique, para explorar ainda mais as riquezas da nossa terra. Até essa
data, os portugueses em Moçambique dependiam do governo colonial instalado em
Goa, na Índia, sendo considerado como uma das suas regiões administrativas.
3.CONCLUSÃO
Findo o trabalho, pude obter
conhecimentos importantes no em relação ao tema em causa, o está inserido na
cadeira de História de Moçambique.
Com a conclusão do mesmo,
concluí que os primeiros habitantes de Moçambique foram provavelmente os
Khoisan, que eram caçadores-recolectores. Há cerca de 10.000 anos a costa de
Moçambique já tinha o perfil aproximado do que apresenta hoje em dia: uma costa
baixa, cortada por planícies de aluvião e parcialmente separada do Oceano
Índico por um cordão de dunas. Esta configuração confere à região uma grande
fertilidade, ostentando ainda hoje grandes extensões de savana onde pululam
muitos animais indígenas. Havia portanto condições para a fixação de povos
caçadores-recolectores e até de agricultores.
Concluí também que a
necessidade de expandir a religião Islâmica, a desertificação da parte da
Arábia, a procura de mercados seguros, dadas suas tradições comerciais, foi
entre outras razões que levaram a que grupo Árabes, deixassem a sua terra natal
– região do Golfo Pérsico e se fixassem na costa oriental africana a partir do
século VII, tendo se sustentado que a primeira fixação em Moçambique tenha
ocorrido nos anos 800 (século IX). A partir do século VII, verifica-se a
fixação na costa oriental africana do povo proveniente do Golfo Pérsico, da
península arábica, da pérsia, da índia e da china. Esta penetração fez-se sentir
quase em toda costa oriental africana, desde Mogadíscio na Somália até Sofala
em Moçambique.
3.Referências Biblioraficas
Departamento da UEM. História de Moçambique: Parte I
– Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos Mercadores, 200/ 300 – 1885.
Parte II – Agressão Imperialista, 1886 – 1930. Volume. I, 2 edição. Maputo.
2000.
SOPRA EDUCACAO, Estado Marave, Disponível em:
https://sopra-educacao.com/2020/07/08/estado-marave/, Acessos em
16/01/2021.
WIKIPÉDIA, A Enciclopédia livre,
https://Pt.Wikipedia.Org/Wiki/Hist%C3%B3ria_De_Mo%C3%A7ambique, Acessos
em 16/01/2021.
MMO, Os estados de Moçambique e a penetração
mercantile estrangeira, Disponível em:
https://escola.mmo.co.mz/historia/os-estados-de-mocambique-e-a-penetracao-mercantil-estrangeira/,
Acessos em 16/01/2021.
AULAS DE MOZ, O Sistema dos prazos em Moçambique,
Disponível em:
https://aulasdemoz.blogspot.com/2021/01/o-sistema-dos-prazos-em-mocambique.html,
Acessos em 16/01/2021.
https://sopra-educacao.com/2020/07/08/estados-ajauas/,
Acessos em 16/01/2021.
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